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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Por que acreditei e porque acredito?

Caros leitores, não pensem que eu estou abandonando a prática de escrever poesias. Até tenho algumas novas aqui, mas é que hoje resolvi postar este texto que sinceramente, e modéstia parte, achei importante diante de um crescente ateísmo arrogante. Como você poderá ver, aqui não apresento argumentos pelos quais se prova que Deus existe – isto nem é possível, ficará claro no texto – mas quero mostrar como que o crente não está de maneira alguma em desvantagem diante de um ateu.


 


 

Eu acreditei em Deus, não porque em algum lugar um grupo de cientistas tenha encontrado a fórmula química, ou um fóssil, ou mesmo porque algum piloto ou astronauta tenham esbarrado nas portas da casa do Altíssimo. De fato, minha fé não se baseia em qualquer prova final da existência de Deus, e isto gostaria que ficasse bem claro diante de meus amigos ateus, que vivem me perturbando com suas exigências sobre uma prova da existência de Deus.

Mas também, não tenho uma fé irracional como afirmam os céticos, não estou remando contra a maré, estou indo na direção dela, pois, há evidencias sim e não estou fazendo outra coisa senão minha própria leitura delas.

Em pessoas como: São Tomás de Aquino, William Paley, A. E. Sabra e René Descartes; encontramos alguns argumentos a favor da existência de Deus que sempre falham num ponto: Em garantir que aquilo para que seus argumentos apontam é realmente Deus, o argumento destes não é capaz de descartar o acaso, extra-terrestres, ou quem sabe algo tão diferente de tudo o que já pensamos como sendo a origem de todas as coias. Mas também, ao que parece, deixam pelo menos a possibilidade da existência de Deus.

E, mesmo se os deixássemos de lado, digo, os autores que agora a pouco citei, ainda me restaria que ninguém é capaz de me provar que Deus não existe, o que ainda me deixa a possibilidade de sua existência. Mas também não posso negar que, se há a possibilidade para que sim, obviamente abre-se oportunidade para o não. Pode-se concluir: Deus é algo improvável.

Ora, o improvável é justamente aquilo que nos cerca todo o tempo. Por exemplo: Que os aviões tenham acertado as Torres Gêmeas nos 11 de setembro de 2001 também é algo improvável. Poderia alguém mostrar uma filmagem do incidente, e ai, quem me garantiria a veracidade do vídeo, quem me garante que não é mais um filme, só que feito para me enganar? Então você poderia me trazer parentes das vítimas que me mostrariam as certidões de óbito, seriam mães, filhos ou pais, mas quem me garantiria que não eram na verdade atores? E ainda, poderiam me mostrar os escombros, ou o lugar onde houve o prédio e restaria ainda me provar que aqueles escombros eram dos tais prédios e que realmente pertenceu a aquele lugar.Que eu esteja neste momento, no meu quarto, preparando este texto, também é improvável. Ou alguém poderia provar que eu estive aqui?

Poderíamos continuar isto, e logo nos daríamos conta de que na verdade a realidade é inteiramente improvável, o improvável então se torna muito comum, mais comum do que o provável. E diante de tantas improbabilidades que me resta? Diante do viajante perdido a estrada se divide, temos agora quatro opções para tomar, diante de um aflito que carece urgentemente de "mijar" vê-se várias portas, o jeito é arriscar uma, o jeito é arriscar um caminho. Ele poderia morrer no caminho, e ele, poderia acabar "mijando" nas calças, mas poderia ter achado um bom banheiro, ou poderia ter morrido de fome e sede de tanto caminhar, mas quem sabe uma cidade poderia estar bem ali por perto.

Eu acreditei em Deus porque decidi crer, diante das possibilidades que a vida me proporcinou eu refleti entre minha fé e a incredulidade, entre minha religião e algumas outras, mas, no fim, decidi apostar minhas fichas na fé cristã, aposta arriscada, eu sei, mas qualquer outro caminho seria.

Quando dei meu primeiro passo foi porque eu decidi crer, mas agora, também é possível que ao se aproximar de uma cidade o viajante tenha a impressão de, ao longe, ver algumas casas, telhados ou mesmo fumaça subindo de chaminés e quem sabe ainda seja uma mirajem, uma ilusão provocada pela ansiedade de chegar a algum lugar, mas pode ser uma cidade mesmo. Ou quem sabe, o cara querendo o banheiro ao entrar no corredor das portas ouve uma descarga que parece indicar o caminho, e pode ser qualquer outra coisa que não uma descarga a fazer o barulho, pode ser de novo a mente produzindo coisas, mas, pode ser mesmo o banheiro. Desde que eu comecei a crer em Deus em mim começaram a acontecer mudanças, que podem ser provocadas por mim mesmo, pela minha mera expectativa ou pode ser realmente como cremos a ação do Espírito Santo. Eu penso já ter tido sinais de Deus, que podem ser também enganos. Mas, ainda aqui eu decidi crer, realmente acho que no fim vou me encontrar com o Cristo ressurreto, é loucura, sim, tanto quanto não acreditar, o risco de viver uma ilusão, o risco de ir para o inferno, enfim.

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