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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Salvação


oeEu estava sentado,
Olhando o gramado,

Pensando no sofrimento.


 

Reparei então,

Uma lagarta, cheia de vida,

Sendo devorada por várias formigas


 

Elas ferroavam, mordiam, doíam.

A alma da lagarta se consumia,

Era a morte que lhe atingia.


 

Olhava e chorava,

O sofrimento da lagarta é o mesmo de todos os vivos.

Então resolvi: Sobre elas soprarei,

as formigas correrão: Salvação trarei.


 

Outro pensamento então me assaltou:

Que serão das formigas? O que farei!

Ficarão sem sua refeição:

malfeitor é o que serei.


 
Não adianta essa consolação: Consumismo,

Já não me conforta o hedonismo,

Eu quero é salvação


 

Se em mim há descanso,

Então descansarei,

Mas se o que houver for tormento,

só tormento terei.

Edgar Parreira França

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